Eventos agudos em saúde bucal

Trauma de face

Créditos

Introdução

“Ainda que homens e mulheres se tornem conhecidos por seus feitos, são reconhecidos por suas faces”. (Charles G. Child, III. Diretor do Departamento de Cirurgia, Faculdade de Medicina, Universidade de Michigan/USA, 1983).

O desenvolvimento constante nas ciências básicas e as descobertas de novas tecnologias vêm proporcionando melhor capacidade no diagnóstico e melhores alternativas de tratamentos nas doenças e nos agravos à saúde em geral. Esse fato refletiu em uma maior especialização nas áreas do setor saúde. À Odontologia, coube a atuação no arcabouço facial e na cavidade bucal.

Mesmo os médicos que atuam na região da face, como otorrinolaringologistas ou cirurgiões plásticos, podem não estar acostumados à manipulação da oclusão dentária e tratamento dos ossos da face, pois sua formação não contemplou aspectos relacionados aos dentes e à oclusão. Muitas vezes, mesmo na Odontologia, profissionais que se especializam em outras áreas não estão aptos ao diagnóstico de fraturas faciais, além das fraturas da estrutura dental. O especialista na Odontologia para atuar no Trauma de Face é o cirurgião bucomaxilofacial.

Ações Preventivas

O trauma é um problema mundial de saúde pública. As lesões por trauma intencional ou acidental afetam crianças, adolescentes, adultos jovens e idosos são as principais causas de morte entre pacientes de 1 a 44 anos e a quarta maior causa considerando-se todas as faixas etárias.

O conhecimento e a realização de um simples procedimento de contenção temporária estabiliza o paciente, prepara-o para um tratamento com o especialista em um segundo momento e permite um melhor prognóstico.

As causas dos traumas de face são variadas, sendo as principais: a violência (gerada tanto por humanos como por animais), acidentes automobilísticos e quedas. O gênero mais acometido é o masculino e a faixa etária varia, contudo a maior concentração de vítimas encontra-se na faixa de 20 a 30 anos de idade, afetando as pessoas em suas idades mais produtivas.

As fraturas dos ossos nasais, do zigoma e da mandíbula como as mais incidentes, podendo ocorrer também fraturas dentárias ou dentoalveolares ou fraturas mais complexas, do tipo naso-orbitoetmoidal, fraturas Le For I, Le Fort II ou Le Fort III, variando a prevalência conforme região geográfica.

Conceito

1. Considerações anatômicas

O tipo de fratura do esqueleto facial e sua extensão são determinados por fatores anatômicos de forma, tamanho, densidade das estruturas ósseas e suas relações com cavidades ósseas, estruturas musculares e tecido mole que o reveste. Isso vai influenciar no maior ou menor deslocamento dos segmentos fraturados ou proteção da estrutura óssea.

A cabeça é constituída pelos ossos do crânio e ossos da face. O crânio ou neurocrânio, como é chamado, delimita a cavidade craniana, local onde se encontra o encéfalo e as meninges, estruturas do Sistema Nervoso Central (SNC). É constituído pelos ossos:

  • frontal (1),
  • parietal (2),
  • temporal (2),
  • occipital (1);
  • esfenoide (1); e
  • etmoide(1).

Os ossos que constituem o arcabouço facial, viscerocrânio, constitui-se pelos ossos:

  • frontal (1),
  • parietal (2),
  • temporal (2),
  • occipital (1);

Além dos cornetos nasais inferiores (2), o vômer (1), os lacrimais (2) e ossos palatinos (2), também fazem parte da estrutura da face a cavidade orbitária, a cavidade bucal e a cavidade nasal.

 

 


FIGURA 1. Ossos da Face (H., 2011)

 

Na face, o único osso móvel é a mandíbula, os demais ossos se articulam por uniões fixas, as suturas.

Classificação

Nesta etapa, vamos aprofundar nosso conhecimento sobre alguns tipos de trauma de face, segundo sua localização e região da face afetada: ossos nasais, processos alveolares, arco zigomático, mandíbula e terço médio da face.

Você deve acessar no Anexo A os conteúdos envolvendo analgésicos e anti-inflamatórios e ver os inúmeros detalhes a respeito da prescrição medicamentosa proposta acima. Acesse também o Anexo C quando o indivíduo a ser medicado é uma criança.



FIGURA 8 . Foto esquemática fratura nasal isolada (AOCMF Trauma).

FIGURA 9. Fratura dos ossos próprios do nariz. Reparar o desvio nasal.

2. Fratura alvéolo dentária

As fraturas alvéolo dentárias quando não associadas a outras faturas em face podem comumente ser tratadas pelo cirurgião-dentista, sem a necessidade do especialista em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial (CTBMF). Geralmente, essas fraturas afetam os tecidos moles adjacentes, causando abrasões, contusões, lacerações, que devem ser avaliadas quanto à presença de corpos estranhos no seu interior, limpas e suturadas quando necessário. Comumente os lábios e o tecido gengival são lacerados e necessitam de suturas. É importante observar a presença de lesão em região de mento, principalmente em crianças. Lesões em mento são sugestivas de fratura da cabeça da mandíbula, e há o risco de anquilose da articulação têmporo-mandibular se não tratada corretamente. Nesses casos, uma radiografia panorâmica, ou radiografia PA de Towne, com a boca aberta, pode descartar a presença da fratura. Em caso de fratura, é necessário o encaminhamento ao especialista em CTBMF.

O paciente deve ser orientado à manutenção de dieta líquida e pastosa, higiene bucal com escovação e bochecho com digluconato de clorexidine 0,12%, três vezes ao dia. Sua medicação deve conter analgésico, anti-inflamatório e antibiótico (comumente amoxicilina) e deve-se encaminhá-lo ao especialista em CTBMF. A solicitação da Tomografia Computadorizada de mandíbula e exames complementares pré-operatórios agiliza o encaminhamento à cirurgia.

A laceração em mento leva à suspeita de fratura da cabeça da mandíbula. O não diagnóstico dessa fratura, principalmente em crianças, poderá levar à completa imobilização da mandíbula pelo processo de anquilose, trazendo prejuízos em sua saúde.


Você deve acessar o Anexo A e ver os inúmeros detalhes a respeito da prescrição medicamentosa proposta
acima. Se o indivíduo acometido for uma criança acesse Anexo C.

4. Terço médio da face

Fraturas no terço médio da face incluem fraturas que afetam a maxila, o zigoma, os ossos nasais e podem ocorrer de forma isoladas ou combinadas. Foram classificadas em: Le Fort I, Le Fort II, Le Fort III, fratura do complexo naso-orbitoetmoidal, fratura do complexo zigomático-maxilar e fratura do arco zigomático. Confira a seguir.

Fratura Le Fort I

A fratura Le Fort I geralmente é provocada por impacto horizontal. Há a ruptura da sutura entre a maxila e o processo pterigoide do osso esfenoide, separando também a maxila das estruturas nasais e zigomática.

Durante a palpação e pressão dos dentes da maxila há a mobilidade de todo o processo alveolar da maxila em bloco. Pode haver concomitantemente fraturas alveolares ou a fratura da maxila em mais de um fragmento, tendo-se a necessidade de se fixar os fragmentos provisoriamente. A fixação pode ser realizada pelo cirurgião-dentista, unindo os dentes uns aos outros através de um fio de aço e resina. O paciente deve ser encaminhado ao especialista em CTBMF, pois são fraturas que necessitam de redução e fixação cirúrgicas, sob anestesia geral.

Casos que não necessitam de estabilização dos fragmentos podem ser encaminhados para o ambulatório do especialista em CTBMF para programar a cirurgia. Os pacientes são orientados a manterem dieta líquida ou pastosa e higiene bucal, com escovação cuidadosa e bochecho com Clorexidine 0,12% três vezes ao dia. São medicados com analgésico, anti-inflamatório e antibiótico. A solicitação de uma Tomografia Computadorizada para maxila agiliza o processo de planejamento cirúrgico.

Você deve acessar o Anexo A e ver os inúmeros detalhes a respeito da prescrição medicamentosa proposta
acima. Acesse também o Anexo C quando o indivíduo a ser medicado é uma criança.

 



FIGURA 18 Fratura Le Fort I (AOCMF Trauma).

 

Fratura Le Fort II e Le Fort III

Forças aplicadas em níveis mais altos da face provocarão essas fraturas. Na fratura Le Fort II há a separação da maxila e do complexo nasal da órbita e na Le Fort III há a separação do complexo naso-orbitoetmoidal, os zigomas e a maxila do crânio.

Essas fraturas ocorrem em impactos maiores e normalmente os pacientes apresentam outras fraturas no corpo ou outras complicações provenientes do trauma e são levados para hospitais de referência, onde há a presença de diferentes especialidades que cuidarão do caso. O tratamento das fraturas faciais será realizado em um segundo momento, após a estabilização do quadro clínico, pelo especialista em CTBMF integrante da equipe hospitalar.


FIGURA 19. Fratura Le Fort II. (AOCMF Trauma).


FIGURA 20. Fratura Le Fort III. (AOCMF Trauma).

 

Fratura Naso-orbitoetmoidal

Ocorre fratura naso-orbitoetmoidal quando há o envolvimento da estrutura nasal, da maxila e órbita. São fraturas complexas e necessitam de cirurgia sob anestesia geral para redução e fixação das fraturas pelo especialista em CTBMF. Geralmente, ocorre em trauma de alto impacto e muitas vezes há fraturas e lesões concomitantes em outras partes do corpo. Há extenso sangramento na face e os pacientes são encaminhados ao hospital de referência, onde há a equipe especializada para tratamento. Como características clínicas o paciente apresenta achatamento do terço médio da face, aumento da distância intercantal, possibilidade de haver diplopia ou dificuldade de movimentação do globo ocular devido ao aprisionamento dos músculos por fragmentos ósseos. O paciente é mantido com alimentação líquida e pastosa, analgésico e antibioticoterapia até a realização da cirurgia. Importante se verificar o comprometimento da lamina crivosa do etmoide e envolvimento da cavidade anterior do crânio.

Não esqueça de acessar o Anexo A e ver os inúmeros detalhes a respeito da prescrição medicamentosa proposta acima. Se o indivíduo acometido for uma criança acesse Anexo C.



FIGURA 21. Esquemas representativos de exemplos de fraturas naso-orbitoetmoidais. (AOCMF Trauma).


FIGURA 22 e 23. Fraturas complexas naso-orbitoetimoidal. Observar equimose periorbitária.

 

Fratura do zigoma

Os impactos laterais, na região da bochecha, muitas vezes causam fratura do complexo zigomático-maxilar, osso zigomático isoladamente ou do arco zigomático. O paciente apresenta equimose periorbitária, podendo haver diplopia, dificuldade de abertura bucal e afundamento da região zigomática da face (maçã do rosto). O paciente refere alteração da oclusão nos casos em que o pilar zigomático da maxila está envolvido. À palpação percebe-se a presença de degrau na região fraturada.



FIGURA 24 e 25. Desenhos esquemáticos de fraturas zigomático-maxilares. Apenas o arco zigomático envolvido e envolvimento de todo o zigoma


FIGURA 26. Fratura em arco zigomático apresentando dificuldade de abertura bucal e afundamento da região zigomática (maçã do rosto)


FIGURA 27. Fratura em complexo zigomático maxilar apresentando equimose periorbitária.

Após cuidados iniciais com as lesões em tecido mole, o paciente deve ser encaminhado ao especialista em CTBMF para redução cirúrgica e fixação das fraturas.

O paciente é medicado com analgésico e anti-inflamatório, orientado a não realizar pressão sobre a área afetada e encaminhado ao ambulatório do cirurgião bucomaxilofacial. Na dúvida da presença ou não da fratura, uma radiografia de Water's para os seios da face evidencia se esta ocorreu ou não.


FIGURA 28. Radiografia de Water's evidenciando fratura em zigoma. Observar imagem de presença de conteúdo líquido no seio maxilar do lado direito, sugestiva de presença de sangue.

A radiografia axial de Hirtz evidencia a fratura em arco zigomático.


FIGURA 29 Radiografia de Hirtz, evidenciando fratura em arco zigomático.

O especialista verificará a necessidade de uma tomografia para planejamento da cirurgia, frequente nos casos de envolvimento da cavidade orbitária e grande deslocamento do zigoma.

A presença de qualquer mobilidade à palpação em maxila é indicativo da necessidade de manter o paciente com alimentação líquida ou pastosa até a reavaliação do especialista.

Acesse o Anexo A e veja os detalhes a respeito da prescrição medicamentosa proposta acima. Não esqueça que anti-inflamatórios também são analgésicos, assim, não é obrigatório associar por exemplo dipirona com piroxicam, use inicialmente somente um ou outro. Lembre ainda que quando temos fratura óssea a prescrição de
antibióticos pode ser necessária.

Avaliação Diagnóstica

Agora, vamos acompanhar informações importantes sobre a avaliação diagnóstica. Confira questões relacionadas à avaliação inicial do paciente que se apresenta com trauma de face e as ações possíveis de serem realizadas para estabilização do quadro clínico. Após essa etapa de avaliação primária, seguiremos com procedimentos subsequentes para uma investigação mais aprofundada.

Antes da avaliação física completa e da obtenção detalhada do histórico do trauma, deve-se ter atenção às lesões que exigem cuidados imediatos.

Abordagem Inicial e Diagnóstico Diferencial

Dependendo da complexidade do quadro clínico apresentado pelo paciente traumatizado, existem alguns cuidados essenciais no tratamento inicial.

Contusões (equimoses e hematomas)

Em trauma com menos de 24 horas é indicado aplicação de gelo no local para controle do edema e equimoses durante as primeiras 24 horas. Porém, a presença de equimoses periorbitárias, principalmente associadas à hemorragia subconjuntival, pode indicar presença de fratura do complexo zigomático-orbitário. Extenso edema e hematoma periorbitário necessita de administração de dose maciça de corticoide (dexametasona 20mg E.V.), prevenindo-se compressão do nervo óptico. Hematomas em septo nasal devem ser drenados, evitando-se necrose de septo. Equimoses localizadas atrás da orelha (Sinal de Battle) sugerem fratura de crânio e o paciente deve ser encaminhado a um hospital de referência para observação.

Acesse o Anexo A e veja as opções de corticóide que podem ser usados

Feridas (abrasões e lacerações)

As feridas devem ser lavadas, debridadas, avaliadas quanto à presença de corpos estranhos, fragmentos ósseos ou dentários no tecido mole. Radiografias dos tecidos moles podem evidenciar presença desses fragmentos no seu interior. Por ser bastante vascularizada, a face pode ser suturada em até 24 horas após o ferimento. Para isso, é importante reavivar as bordas das feridas e debridá-la, quando necessário, antes de suturar. Ferimentos por arma de fogo não devem ser suturados. Deve-se avaliar as possíveis transecções de nervos e ductos importantes, tentando-se a reanastomose dos segmentos. As suturas se iniciam de dentro para fora, em camadas. Sutura-se primeiro a mucosa bucal, seguindo-se o músculo, o tecido subcutâneo e a pele. Pontos de referência identificáveis devem ser suturados primeiro, como borda vermelha dos lábios, asa do nariz e áreas da laceração que possam ser facilmente reposicionadas.

Dentes avulsionados

Até que se faça o tratamento de estabilização dos dentes que foram deslocados de sua posição parcialmente ou na sua totalidade, o melhor local para se manter o dente é dentro do seu alvéolo. Os dentes devem ser reposicionados no alvéolo, desde que não haja risco de o paciente aspirá-lo ou engoli-lo. Nos casos de impossibilidade de manutenção no alvéolo, dentes mantidos em leite ou soro fisiológico podem ser reimplantados até seis horas após o trauma. Não se deve limpar a superfície dentária com gaze ou qualquer instrumental raspante. Apenas lavar com soro fisiológico, caso ele tenha caído fora da cavidade bucal. Logo que possível o paciente deve ser encaminhado ao cirurgião-dentista para estabilização dos dentes (ferulização com fio de nylon ou fio de aço e resina).

Fraturas

A presença de alteração do contorno facial, como afundamentos e degraus, é indicativo de fratura. A palpação do contorno orbitário evidenciará fraturas em órbita, podendo estar comprometido o osso frontal, o zigoma ou a maxila. A alteração da visão, frequentemente a diplopia, pode evidenciar fratura de assoalho orbitário, e a impossibilidade de movimentação do globo ocular significa o aprisionamento dos músculos da órbita entre os fragmentos. Alteração em pupila pode significar alterações neurológicas.

A palpação do pilar zigomático e do arco zigomático evidenciará a presença ou não de degraus, indicando a possível fratura do complexo zigomático-maxilar. Para se avaliar a mobilidade da maxila, a cabeça do paciente deve ser estabilizada na fronte com uma das mãos. Prossegue-se com a apreensão da região anterior da maxila entre os indicadores e o polegar e a pressão desse segmento à procura de movimentação ou crepitação.

Realiza-se a palpação da raiz nasal à procura de crepitação em ossos nasais.

A alteração da mordida, descrita pelo paciente também é sinal de fratura na maxila ou mandíbula. A mandíbula deve ser palpada de forma bimanual. Avalia-se a margem mandibular à procura de alterações de contorno e, de forma firme, verifica-se a presença ou não de mobilidade entre os segmentos do corpo mandibular e ramo. A presença de mordida aberta anterior e impossibilidade de fechamento da mordida é indicativo de fratura bilateral da cabeça articular da mandíbula (côndilo). Desvio de lateralidade no movimento de abertura bucal é indicativo de fratura do côndilo do lado para o qual ocorreu o desvio.

Atendimento Sequencial e Encaminhamento

As fraturas da face devem ser tratadas cirurgicamente pelo especialista em CTBMF. Entretanto, o paciente traumatizado pode procurar serviços de emergência (UPA) ou Unidades de Saúde. Nesse caso, o primeiro atendimento pode ser realizado por CD generalista, que procederá a avaliação da situação, sua medicação e a realização de determinados procedimentos, como a contenção da fratura com bandagens ou fios de aço, proporcionando conforto ao paciente até o momento do tratamento definitivo.

O encaminhamento para serviços especializados deverá levar em conta a solicitação de exames pré-operatórios, baseados na história médica do paciente, o que possibilitará a maior agilidade no preparo para cirurgia. Fraturas complexas, evidenciadas visualmente, não necessitam de exames radiográficos prévios. Nestes casos, a solicitação direta da tomografia computadorizada é imprescindível para delimitação da fratura e planejamento cirúrgico. Assim, economiza-se tempo e exames radiográficos, que não seriam suficientes ao tratamento.

Fechamento

Caro aluno.

Nesta unidade vimos questões importantes sobre o trauma de face. Compreendemos melhor aspectos sobre o tratamento e a abordagem na Atenção Básica, para identificar eventuais agravos à saúde e realizar o correto encaminhamento de eventos agudos. Lembre-se de que você pode consultar este material sempre que necessário. Mantenha-se sempre atualizado sobre o assunto. Bom aprendizado!

Aira Maria Bonfim Santos
Eduardo Meurer

 

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Autores

Aira Maria Bonfim Santos

Mestre e Doutora em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela PUCRS;membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial;membro da International Association of Oral and Maxillofacial Surgery – IAOMSFellow International Team for Oral Implantology; professora do Departamento de Morfologia - Anatomia Humana, UFSC.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/6293295199614996

 

Eduardo Meurer

Mestre e Doutor em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial pela PUCRS; membro Titular do Colégio Brasileiro de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial; membro da International Association of Oral and Maxillofacial Surgery - IAOMS; Fellow International Team for Oral Implantology; Fellow AOTrauma; chefe do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital Regional Homero de Miranda Gomes, São José/SC-HRSJ.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/6063064728946713