Primeiro é drenado o líquido que já estava no abdome para a bolsa de plástico vazia e, após o término da drenagem, é infundida uma nova solução de diálise.
Qualquer paciente pode fazer diálise peritoneal?
São poucos os casos em que a diálise peritoneal está contraindicada. São casos em que há contraindicação absoluta da diálise peritoneal:
Impossibilidade cirúrgica para implante de cateter;
Doença inflamatória ou isquêmica intestinal;
Malformações de parede abdominal (onfalocele, gastrosquise);
Início de diálise no terceiro trimestre de gravidez.
Existem situações em que a diálise peritoneal não é a preferida, mas pode ser realizada com cuidados especiais. Clique nos números abaixo e conheça-a
Obesidade ou grande superfície corporal.
Episódios frequentes de diverticulite.
Hérnia abdominal.
Paciente cego (possível desde que tenha um cuidador).
Presença de prótese vascular intra-abdominal recente.
Presença de derivação ventrículo-peritoneal.
Refluxo gastroesofágico grave.
Bolsa de plástico cheia de solução de diálise
Primeiro é drenado o líquido que já estava no abdome para a bolsa de plástico vazia e, após o término da drenagem, é infundida uma nova solução de diálise.
Extremidade de ligação
Extremidade que vai ser ligada ao cateter que foi implantado no paciente (DAUGIRDAS & BLAKE, 2007).
Bolsa de plástico vazia
Bolsa de plástico vazia que vai receber o líquido drenado. O tempo de troca dura cerca de 30 minutos. Nesse período, o cateter do paciente é conectado ao equipo em “Y”.
Trocas
As trocas podem ser feitas pela manhã antes de sair de casa, no almoço, no final da tarde e antes de dormir. Durante o período de permanência, o paciente está livre para fazer suas atividades habituais.
Procedimento de troca
O procedimento de troca vai ser realizado pelo próprio paciente ou um familiar treinado, num ambiente limpo para que não ocorra infecção.
Finalização da troca
Após o final da troca, o paciente desconecta o equipo e tampa o cateter, que é fixado em um curativo junto ao corpo, ficando escondido sob a roupa do paciente.
Observação
O paciente e sua família recebem um treinamento para realizar as trocas em casa, no trabalho ou durante uma viagem.
Referências
DAUGIRDAS, J.T.; BLAKE, P. Manual de Diálise. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan, 2007.
MORAES, T.P.D. Doença renal crônica e a escolha da terapia de substituição da função renal. In: KIRSZTAJN, Gianna Mastroianni. Discutindo casos clínicos: doenças renais. São Paulo, SP: Balieiro, 2011. 400p. p.187-195.