Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids)

As manifestações bucais da infecção pelo HIV são comuns e podem representar os primeiros sinais clínicos da doença, por vezes antecedendo as manifestações sistêmicas, e também se apresentando como infecções oportunistas (BRASIL, 2000). Clique nas abas abaixo para conhecê-las:

Candidíase oral

Leucoplasia pilosa oral

Gengivite

Úlceras aftosas

É a mais comum infecção fúngica em pessoas portadoras do HIV. Apresenta-se com sintomas e aparência macroscópica características, descritas a seguir:

  • Forma Pseudomembranosa: consiste em placas esbranquiçadas, removíveis da língua e mucosas, que podem ser pequenas ou amplas e disseminadas.

  • Forma Eritematosa: é vista como placas avermelhadas em mucosa, palato mole e duro, ou superfície dorsal da língua.

  • Queilite Angular: também frequente, produz eritema e fissuras nos ângulos da boca.

É um espessamento epitelial benigno, causado provavelmente pelo vírus Epstein-Barr. Clinicamente apresenta-se como lesões brancas, não facilmente removíveis, que variam em tamanho e aparência, podendo ser planas, ou em forma de pregas, vilosidades ou projeções. Ocorre mais frequentemente nas margens laterais da língua, mas podem ocupar localizações da mucosa oral: mucosa bucal, palato mole e duro.

A gengivite e outras doenças periodontais podem manifestar-se de forma leve ou agressiva em pacientes com infecção pelo HIV. Em estágios mais avançados da doença pelo HIV, observa-se frequentemente uma evolução rapidamente progressiva levando a um processo necrotizante acompanhado de dor, perda de tecidos moles periodontais, exposição e sequestro ósseo.

Em indivíduos infectados pelo HIV, é comum a presença de úlceras extensas, resultantes da coalescência de pequenas úlceras, em cavidade oral e faringe, de caráter recorrente, e etiologia não definida. Resultam em grande incômodo, produzindo odinofagia, anorexia e debilitação do estado geral, com sintomas constitucionais tais como emagrecimento, astenia, febre prolongada etc, acompanhando o quadro (BRASIL, 2000).

Ter o HIV não é a mesma coisa que ter a Aids. Há muitos soropositivos que vivem anos sem apresentar sintomas e sem desenvolver a doença por alguns anos. Entretanto, podem transmitir o vírus para outras pessoas.