Regulação das Urgências - T3
Linhas de cuidado
As linhas de cuidado consistem em:
Conjunto de saberes, tecnologias e recursos necessários ao enfrentamento de determinados riscos, agravos ou condições específicas do ciclo de vida a serem ofertados de forma oportuna, articulada e contínua pelo sistema de saúde, sendo sua implementação estratégia central para a organização e a qualificação das redes de atenção à saúde, com vistas à integralidade da atenção" (BRAGA, 2006).
Ficou, inicialmente, definida a implantação de linhas de cuidado nos agravos:
Para isso, modelaram-se as inovações tecnológicas, medicamentos e procedimentos essenciais a serem incorporados, novas medicações, investimentos em tecnologias como angioplastia primária, custeio de tele ECG (eletrocardiograma), custeio das Unidades de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e trombolíticos (BRASIL, 2011a, 2011b, 2011f, 2013b).
A partir do diagnóstico da importância do Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) e AVC no perfil de morbimortalidade da população brasileira, foram pensadas algumas estratégias visando a impactar os indicadores de saúde referentes a tais eventos (BRASIL, 2011a, 2011b, 2011f, 2013b):
Para o Infarto Agudo do Miocárdio – IAM (BRASIL, 2011a, 2011b, 2011f, 2013b):
- Implantar protocolos rígidos de transferência e transporte para a agilização do atendimento, visando ao início, o mais rápido possível, do tratamento de reperfusão imediata aos pacientes com síndrome coronariana aguda;
- Utilizar métodos de telemedicina para diagnóstico eletrocardiográfico precoce (Expansão do TELE ECG nos SAMU e UPAs);
- Qualificar o atendimento ao Infarto nas urgências pré-hospitalares (SAMU e UPAs) e implementar a integração entre o diagnóstico pré-hospitalar e a conduta hospitalar;
- Criar mecanismo de financiamento e ampliação de leitos de Unidades Coronariana - UCO para hospitais que se habilitem a participar da rede;
- Ampliar o acesso à angiologia primária;
- Melhorar a comunicação e articulação entre a Central de Regulação Médica de Urgência e as UCO visando ao atendimento imediato;
- Garantir o fornecimento de medicamentos essenciais ao tratamento do IAM;
- Normatizar a terapia trombolítica e ampliar acesso, utilizando-a em unidades como UPA e prontos-socorros hospitalares como estratégia inicial;
- Ampliar, na rede, a disponibilização de reabilitação pós-Infarto.
Para o Acidente Vascular Cerebral – AVC (BRASIL, 2012b, 2012c):
- Desenvolver ações de educação em saúde para o reconhecimento do AVC na população;
- Qualificar a capacidade diagnóstica em todos os pontos da rede;
- Aumentar a capacidade logística e organização de fluxos para o atendimento aos pacientes neurológicos;
- Criar unidades mistas de atendimento ao AVC nos hospitais de referência, visando à:
- Assistência qualificada (cuidado multiprofissional);
- Capacitação do restante da Rede para o atendimento pós-internação;
- Implementar a telessaúde entre unidades de AVC e outros pontos da rede;
- Possibilitar o acesso facilitado a leitos de retaguarda para crônicos e pacientes socialmente vulneráveis;
- Garantir acesso à reabilitação qualificada.