Regulação das Urgências - T3
As urgências e a Política Nacional de Humanização
Atenção |
Desafios da humanização em relação às urgências
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Temos que aprender a trabalhar em equipe, entendendo e respeitando os limites de cada um no processo assistencial, a interface de cada profissional para garantir um “todo”, a importância do acolhimento e classificação de risco. Não se deve mais atender por ordem de chegada, garantindo o referenciamento aos demais níveis do sistema e as contrarreferências aos pacientes que buscam as portas de urgência, assegurando a transferência segura. Tudo isso discutido, pactuado e por escrito com toda a equipe e gestão como protocolos clínicos (BRASIL, 2004a, 2004d).
Para a construção de uma política de qualidade do SUS, a humanização deve ser vista como uma das dimensões fundamentais, não podendo ser entendida como apenas um “Programa” a mais a ser aplicado aos diversos serviços de saúde, mas sim como uma Política que opere transversalmente em toda a rede SUS.
Quando falamos de humanização, não queremos tratar de humanizar o humano, mas de enfrentar e lidar com relações de poder, trabalho e afeto, que são fontes produtoras de práticas desumanizadas. É a forma de nos relacionar que nos desumaniza e transforma as unidades de saúde, ao invés de produtoras de saúde, em produtoras de doenças.
Nas urgências, devemos estar atentos a:
- Observar a presença ou suspeita de violência intrafamiliar, principalmente em crianças, mulheres e idosos;
- Combater o preconceito, seja sexual, racial, religioso, social ou qualquer outro;
- Fazer a ambiência acolhedora e confortável;
- Garantir a participação dos trabalhadores em todos os colegiados gestores;
- Incentivar e valorizar a jornada integral e o trabalho em equipe.