Cistostomia

Estoma de Eliminação

Cistostomia

A cistostomia é uma derivação vesical suprapúbica, na qual, cirurgicamente, é colocado, no interior da bexiga, um cateter, criando um trajeto alternativo para a saída da urina. Dependendo ou não do uso de cateteres, a derivação vesical pode ser dividida em entubadas (cistostomia) e não entubadas (vesicostomia). A cistostomia é indicada em diversas situações clínicas, como (COLOGNA, 2011):

  • obstrução do colo vesical;
  • trauma vesical;
  • trauma uretral;
  • pós-uretroplastia;
  • pós-cistoplastias.
 
 
 
 
 
 
 
Derivação urinária a partir da bexiga

Cistostomia
             
Fonte: (UNA-SUS UFPE, 2014).

 

Contraindicações da Cistostomia
Tumores malignos da bexiga
Acentuada redução da capacidade vesical
Pacientes submetidos à radioterapia
Pacientes submetidos à cirurgias pélvicas
     
Fonte: (COLOGNA, 2011, adaptado).


Complicações da Cistostomia
Infecção no local da punção
Infecção urinária
Perda de urina ao redor do cateter
Obstrução ou deslocamento do cateter
Perfuração do peritônio e/ou alça intestinal
Incrustrações calcárias ao redor do cateter
Perfuração da parede posterior da bexiga
Extravazamento de urina no tecido peri-vesical e/ou subcutâneo
                     
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: (COLOGNA, 2011, adaptado).
Cuidados com cistostomia

Os cuidados com a cistostomia não diferem dos das estomas intestinais, entretanto é importante redobrá-los, pois a urina é um efluente estéril, e qualquer contaminação pode levar a infecções sistêmicas mais sérias (SILVA; HUGA-TANIGUCHI, 2010; SMELTZER; BARE, 2005). Sendo assim, fique atento(a) aos seguintes cuidados:

  • é muito importante manter limpa e seca a pele em torno da área do estoma;
  • inspecionar a pele ao redor do estoma, os sinais de irritação e sangramento na mucosa;
  • lavar as mãos antes e depois de qualquer cuidado com o cateter, curativo e bolsa de drenagem, a fim de evitar infecções;
  • orientar o paciente e o cuidador a não dobrar o cateter nem deitar-se sobre ele, pois isso obstrui a livre passagem da urina que estiver sendo eliminada pela bexiga;
  • não elevar a bolsa coletora para não haver retorno da diurese na bexiga. Orientar o cuidador que, em caso de decúbito dorsal, a bolsa coletora deve ser posicionada em um nível abaixo do paciente;
  • esvaziar a bolsa coletora quando estiver cheia, porque o peso da urina fará com que a bolsa se separe da pele, caso ela encha demais;
  • o curativo deve ser trocado diariamente ou com maior frequência, caso fique sujo ou se solte. Orientar o cuidador a comunicar para a equipe de atenção domiciliar qualquer alteração, como: coloração, volume de drenagem ou presença de grumos.



Última atualização: terça, 10 Jun 2014, 16:43