Princípios para o cuidado domiciliar 2 - Oxigenoterapia Domiciliar

Equipamentos necessários para a realização do procedimento

A seleção do equipamento dependerá das condições clínicas do paciente, do nível das informações prestadas a ele e à família e, principalmente, das condições gerais do domicílio, considerando que equipamentos muito complexos demandam mais tecnologia, além de trazer muita ansiedade para o ambiente domiciliar.

A discriminação dos materiais necessários dependerá da avaliação pela equipe multiprofissional. Vale lembrar que a oxigenoterapia pode ser dividida em dois sistemas para administrar o O₂, sendo de baixo e de alto fluxo, conforme apresentado no quadro a seguir (BARROS et al, 2002).

 Atenção!

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Para o uso do oxigênio, torna-se necessário fazer uso do umidificador, a fim de evitar ressecamento da mucosa nasal (dentro do nariz); É importante realizar a higienização do umidificador com solução sanitizante diariamente; A água do umidificador deve ser trocada diariamente; O uso indevido do umidificador pode ocasionar entupimento no sistema de oxigênio, bloqueando-o. No caso de uso do concentrador, em situações de obstrução/bloqueio, o alarme (luz vermelha) é acionado.

Fonte: (ZEFERINO; SILVA, 2004, adaptado).

Tipos de sistemas para administração de oxigênio no domicílio

De baixo fluxo ou fluxo variável

Características	Dispositivos
Administram O2 em velocidades de fluxo que suplementam o ar ambiente.	Cânula ou prolongador nasal	Método simples, barato, e o mais utilizado. Excelente nos casos de acentuação da dispneia, durante a alimentação e tosse, pois não é necessária sua remoção. Pode ocorrer ressecamento ou sangramento da mucosa nasal após a utilização de fluxos altos.
	Cateteres nasais	Também considerado um método simples, barato e confortável para administração de O2. O cateter pode ser um tubo de plástico macio com pequenos orifícios na ponta. Oferece fluxo ¼ a 5 l/min e concentrações de O2 entre 22% a 45%. A umidificação do ar, com ABD (Água Bidestliada) é importante para prevenção de lesões.
	Máscara simples	Tem seu uso limitado por não existirem modelos e tamanhos variáveis que se adaptem a todos os tipos de face, e o fluxo mínimo necessário é de l l/min. A máscara facilita a administração de níveis elevados de oxigênio. Os principais problemas resultantes da sua utilização são: úlceras de pressão na face e nas orelhas, risco de aspiração, desconforto pelo calor e sensação claustrofóbica. Interfere na alimentação e na expectoração.

Características	Dispositivos
Administram O2 em velocidades de fluxo que suplementam o ar ambiente.	Cânula ou prolongador nasal	Método simples, barato, e o mais utilizado. Excelente nos casos deacentuação da dispneia, durante a alimentação etosse, pois não é necessária sua remoção. Pode ocorrer ressecamento ou sangramento da mucosa nasal após a utliização de fluxos altos.
	Cateteres nasais	Também considerado um método simples, barato e confortável para administração de O2. O cateter pode ser um tubo de plástico macio com pequenos orifícios na ponta. Oferece fluxo ¼ a 5 l/min e concentrações de O2 entre 22% a 45%. A umidificação do ar, com ABD (Água Bidestliada) é importante para prevenção de lesões.
	Máscara simples	Tem seu uso limitado pornão existirem modelos e tamanhos variáveis que se adaptem a todos os tiposde face, e ofluxo mínimo necessário é de l l/min. A máscara facliita a administração de níveis elevados de oxigênio. Os principais problemas resultantes da sua utliizaçãosão: úlceras de pressão na face e nas orelhas, risco de aspiração, desconforto pelo calor e sensação claustrofóbica. Interfere na alimentação e na expectoração.

De alto fluxo ou fluxo fixo

Características	Dispositivos
Satisfazem à velocidade do fluxo inspiratório do paciente ou de maneira a excedê-lo (permite administração exata de O2 a ser inspirado).	Máscaras de Venturi	É o método mais seguro e exato para liberar a concentração necessária de oxigênio. Porém, devem ser utliizadas junto a um sistema de umidificação.

Fonte: (SURHONE; TENNOE; HENSSONOW, 2010).

Você sabe o que significa cada uma das cores encontradas nos kits da máscara de Venturi?

Cores	Concentração de oxigênio	Fluxo de oxigênio sugerido	Total de fluxo de gás
Azul	24%	3 l/min	78 l/min.
Amarelo	28%	6 l/min	66 l/min.
Branco	31%	8 l/min	72 l/min.
Verde	35%	12 l/min	72 l/min.
Rosa	40%	15 l/min	60 l/min.
Laranja	50%	15 l/min	40 l/min.

Fonte: (SCANLAN; WILKINS; STOLLER, 2009; SMELTIZER; BARE, 2005, adaptado).

A oxigenoterapia domiciliar, para ser instalada, precisa de estrutura e equipamentos essenciais. Equipamentos estes que necessitam de adequação do ambiente domiciliar e suporte técnico e assistencial rigoroso (LIMA; VARGAS, 2004). Então, o método mais adequado de administração do oxigênio deve ser não apenas o que for mais eficaz para o tratamento da hipoxemia e manutenção do equipamento, mas aquele que também propicie condições para o desempenho das Atividades de Vida Diária – AVDs (SCANLAN; WILKINS; STOLLER, 2009). Para entender melhor, veja o quadro abaixo.

Fontes de oxigênio, vantagens e desvantagens

• Cilindros de gás sob pressão

	Vantagens: Boa acessibliidade; Armazenamento por longo períodos sem perdas; Dispostos em pequenos cilindros para deambulação.	Desvantagens: Custo elevado; São pesados e grandes; São perigosos às quedas; Necessitam recargas frequentes.

Fonte: (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2000, adaptado).

• Oxigênio líquido

	Vantagens: Permite a deambulação; Fornece fluxo de até 6 l/min; Não consome energia elétrica.	Desvantagens: Alto custo; Risco de queimaduras durante a recarga (armazenado abaixo de zero ºC).

Fonte: (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2000, adaptado).

• Concentrador

	Vantagens: Volume de gás ilimitado; Não ocupam espaço; Custo de manutenção baixo; Facilidade de uso.	Desvantagens: Fluxo máximo limitado a 10 l/min; Funcionamento a base de energia elétrica; Não são portáteis; Necessidade de um cilindro extra na falta de energia elétrica.

Fonte: (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA, 2000, adaptado).