Envio de informações ao Ministério da Saúde

Envio de informações ao Ministério da Saúde

 

O Programa Nacional de Imunizações é responsável por reunir as informações de vacinação de todo o país. Para isso, são utilizados sistemas informatizados que facilitam o acompanhamento por todos os gestores.

O PNI, desde 1994, utilizou sistemas de informação com dados agregados, ou seja, os municípios realizavam suas ações de imunização, consolidavam as informações de doses aplicadas e enviavam esse quantitativo total ao Ministério da Saúde por meio do Sistema de Informação de Avaliação do Programa de Imunização (API) e, mais recentemente, por meio do Sistema de Informação de Avaliação do Programa de Imunizações versão WEB  (APIWEB).

No entanto, esses dados, apesar de serem adequados para a avaliação de cobertura vacinal, doses aplicadas e taxa de abandono, não permitem avaliar algumas informações sobre as pessoas vacinadas, como local de residência (já que os dados enviados referem-se às pessoas vacinadas em cada município e podem ser vacinadas pessoas de outros municípios), as adequações de esquema vacinal, entre outras.

Para resolver esses problemas, foi desenvolvido pelo DATASUS-RJ (BRASIL, c2008) um sistema de informação nominal do Programa Nacional de Imunizações, o SI-PNI. Com entrada de dados individuais e por procedência, esse sistema permite o acompanhamento do vacinado em vários lugares do Brasil, bem como a localização da pessoa a ser vacinada por meio dos seus dados cadastrais. Esse sistema de informação já está em funcionamento, e todos os municípios do Brasil receberam recursos (por meio da Portaria Nº 2.363/2012) (BRASIL, 2012) para a aquisição de computadores para as suas salas de vacina, com o intuito de viabilizar a instalação e incentivar o uso do SI-PNI em todas as salas de vacina.

Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunização
comprovante
Fonte: (BRASIL, [2013a]).

Como já vimos, avacinação contra HPV será para um público diferente do público-alvo normalmente atingido pelo PNI e terá um esquema de vacinação estendido. Assim sendo, a adolescente deverá ser “encontrada” para a terceira dose, que será com 60 meses após a primeira. Por esse motivo, o registro individual é indispensável, e o SI-PNI é uma excelente ferramenta para efetivá-lo.

 Saiba mais...

Informações para instalação e uso do SI-PNI podem ser encontradas nos vídeos disponíveis na área de materiais complementares.

Como estamos em processo de implantação do SI-PNI, as unidades de saúde do Brasil podem estar utilizando o SI-PNI ou não. Para saber como as informações sobre vacinação de HPV devem ser enviadas ao Ministério da Saúde, clique nas caixas, de acordo com o sistema de informação utilizado pela unidade de saúde.

Unidades de saúde que já utilizam o SI-PNI

Essas unidades irão alimentar o SI-PNI com as informações das adolescentes vacinadas, inserindo o máximo de informações para contato com a adolescente. O pessoal da sala de vacina pode coletar as informações num cartão espelho e, posteriormente, digitá-lo no SI-PNI. A inserção das informações também pode ser realizada durante a vacinação da adolescente, perguntando a ela as informações necessárias e as digitando diretamente no SI-PNI.

 

 Veja como:

  1. Acesse o site do SI-PNI, disponível em http://si-pni.datasus.gov.br/;
  2. Faça login com a senha do SI-PNI;
  3. Entre no menu DOWNLOAD/NOVO SI-PNI e verifique se as últimas versões disponíveis das tabelas e instâncias são as mesmas instaladas no computador que será utilizado;
  4. Busque o nome do vacinado no banco de dados, se a menina já for cadastrada, ou inclua, caso ainda não seja cadastrada, inserindo todas as informações solicitadas;
  5. Registre a data da vacinação;
  6. Escolha o laboratório (MSD) e registre o lote da vacina utilizada;
  7. Marque qual dose da vacina corresponde ao registro (D1, D2 ou D3);
  8. Inclua o registro na Estratégia 1-Rotina.

Após inserir as informações da vacina a ser administrada, uma “carteira de vacinação” poderá ser impressa diretamente do SI-PNI para ser entregue para a adolescente. Caso ela possua uma carteira com vacinas anteriores, estas devem ser transcritas para o SI-PNI como registro anterior e, assim, ficará no sistema toda a informação vacinal da adolescente, que poderá receber uma carteira impressa completa.

 Atenção!

Caso não haja impressora, é indispensável entregar à menina vacinada um comprovante da vacina HPV recebida, que pode ser inserida em uma carteira de vacinação que ela já possua ou um comprovante de vacinação novo. Clique aqui para acessar um modelo de comprovante de vacinação.


O registro pode ser realizado diretamente no SI-PNI, no entanto, é importante levar em consideração o tempo que esse processo pode levar, pois as informações para o cadastro das adolescentes deverão ser digitadas no sistema. Sendo assim, é recomendável que as unidades de saúde, caso seja possível, realizem o cadastro da menina em uma recepção, por exemplo, deixando para o vacinador a missão de inserir somente as informações da vacina administrada. No caso das unidades de saúde com pouco movimento, que permitem que seja dedicado um tempo maior a cada pessoa vacinada, todos os dados cadastrais poderão ser inseridos pelo vacinador. Não deixe de considerar a possibilidade de as adolescentes procurarem a unidade de saúde em “grupinhos”.

Além de finalizar a vacinação com todo o cadastro já no sistema de informação, outra vantagem de inserir a informação diretamente no SI-PNI é que possíveis críticas relacionadas à inadequação de esquema serão visualizadas em tempo de correção, como, por exemplo, vacina sendo dada em meninas fora da faixa etária.

Caso a unidade de saúde já possua o SI-PNI instalado há algum tempo, é possível que muitas adolescentes que serão vacinadas contra o HPV já estejam cadastradas no sistema. Nesses casos, o registro da vacina será feito com mais rapidez, pois basta buscar o cadastro e registrar a vacina HPV.

Na estratégia de vacinação na escola, se a equipe de saúde possuir um notebook e quiser realizar o registro diretamente na escola, é possível fazer o download do SI-PNI no notebook, restaurar o backup do banco de dados da unidade nesse computador portátil e inserir as informações diretamente.

Depois disso, com o processo inverso (fazer o backup no notebook e restaurar no computador da unidade), os dados serão todos exportados para o computador da unidade e, a partir daí, transferidos ao Ministério da Saúde. No entanto, enquanto o registro estiver sendo realizado no notebook, não poderá ser realizado no computador da unidade, pois um banco de dados substituirá o outro quando houver a restauração.

 Atenção!

É importante observar que não haverá conversão de arquivo Excel ou Word para o SI-PNI.


A transferência dos dados do SI-PNI para o Ministério da Saúde, por meio do transmissor, deverá ser realizada toda sexta-feira no mês da implantação da vacina. Esses dados serão necessários para a realização do acompanhamento das coberturas vacinais, que será feito toda sexta-feira.

Unidades de saúde que ainda não utilizam o SI-PNI

As unidades de saúde que ainda não instalaram o SI-PNI também deverão fazer o registro nominal das meninas vacinadas. Podem ser adotadas várias estratégias para anotar os dados das adolescentes: planilhas impressas, livro preto, planilhas eletrônicas, etc.

Deverão ser registrados o nome da mãe, o endereço, o telefone, o e-mail e os dados da vacinação (dose administrada, data da vacinação e lote da vacina utilizada). Esses registros devem ser cuidadosamente arquivados para serem incluídos no SI-PNI quando a unidade passar a utilizá-lo.

Para informar ao Ministério da Saúde a sua produção, a unidade deve consolidar as informações somando todas as doses aplicadas por idade (11, 12 e 13 anos) e digitá-las no APIWEB, juntamente com as outras vacinas de rotina. O fluxo da digitação será o mesmo das outras vacinas, e as informações deverão ser enviadas todas as sextas-feiras durante o mês da implantação. Elas serão necessárias para a realização do acompanhamento das coberturas vacinais, que será feito nas sextas-feiras.

 Atenção!

A entrada de dados no APIWEB não é cumulativa, por isso, a vacinação realizada em uma semana deve ser somada à vacinação da semana anterior para digitação.


A unidade de saúde que não estiver utilizando o SI-PNI, quando a vacina HPV for introduzida, deverá ter atenção redobrada para os seguintes pontos:

  • o registro da vacinação deve ser nominal e conter todas as informações necessárias;
  • o número de doses aplicadas deve ser consolidado, segundo idade, e digitado no APIWEB;
  • os registros nominais devem ser cuidadosamente arquivados;
  • após o início do funcionamento do SI-PNI, esses registros nominais devem ser resgatados e digitados no SI-PNI como REGISTRO ANTERIOR, pois, se não for dessa forma, quando o banco de dados for transmitido ao Ministério da Saúde, as doses que já foram digitadas no APIWEB ficarão duplicadas.

É importante que essas etapas sejam cumpridas com êxito, pois, passados os 60 meses após a primeira dose, as informações das meninas vacinadas serão necessárias para resgatá-las em todo o país para a terceira dose.

Unidades de saúde que utilizam sistemas de informação nominal próprios

O SI-PNI possibilita que sistemas de informação de vacinação nominais próprios entrem em interoperabilidade com ele. Para isso, é preciso que o sistema próprio esteja adequado para a realização da transmissão dos dados para o SI-PNI. Esse processo de adaptação do sistema próprio ao SI-PNI deverá ser realizado por uma equipe de informática, que deverá seguir orientações constantes no site do SI-PNI.

As dúvidas poderão ser solucionadas por meio dos e-mails pni_cgpni@listas.datasus.gov.br e pni@listas.datasus.gov.br ou pelos telefones: (0xx)21 3985-7237 e (0xx)21 3985-7258.

Última atualização: quinta, 6 Nov 2014, 17:33