Mas, e a vacina?

Mas, e a vacina?

Atualmente, existem duas vacinas que conferem proteção contra alguns tipos de HPVs (IARC, 2012):

Vacina Bivalente: protege contra os tipos 16 e 18.
Vacina Quadrivalente: além de proteger contra os tipos 16 e 18, também protege contra os tipos 6 e 11.

Ambas as vacinas têm demonstrado uma eficácia superior a 90% na prevenção da infecção persistente por HPV 16 e 18, tornando-se, assim, eficazes contra as lesões precursoras do câncer do colo do útero, quando utilizadas antes do contato com o vírus, ou seja, os benefícios são significativos antes do início da vida sexual (IARC, 2012).

No Brasil, o Ministério da Saúde está implantando a vacina quadrivalente, cuja eficácia observada, para as neoplasias intraepiteliais cervicais grau 2 ou 3 (NIC 2 e 3) associadas ao HPV 16 e 18, foi de 98% em mulheres sem infecção prévia pelo HPV e de 44% nas mulheres com infecção viral prévia (BORSATTO; VIDAL; ROCHA, 2011).

 Atenção!

Não esqueça que os HPVs tipos 16 e 18 estão presentes em 70% dos casos de câncer do colo do útero, e que os tipos 6 e 11 são encontrados em 90% das verrugas genitais (GUAN et al, 2012). 

A Organização Mundial de Saúde recomenda a vacinação contra HPV para meninas entre 9 e 13 anos como uma das estratégias de prevenção primária do câncer do colo do útero (WHO, 2012, tradução nossa).

Na próxima unidade, você aprenderá mais sobre a vacina, mas antes é preciso conhecer outras formas de prevenção do câncer do colo do útero, uma vez que os efeitos da implementação da vacina, na redução da incidência do câncer do colo do útero e da mortalidade pela doença, serão observados em longo prazo, acima de vinte anos (BORSATTO; VIDAL; ROCHA, 2011).

Última atualização: quinta, 6 Nov 2014, 15:54