O papel da vacina HPV na prevenção do câncer de colo do útero

O papel da vacina HPV na prevenção do câncer de colo do útero

 

A vacina HPV prevenirá a infecção pelos sorotipos nela presentes e, consequentemente, atuará na redução de casos de câncer de colo de útero. Ela tem maior evidência de proteção e indicação para pessoas que nunca tiveram contato com o vírus. Os estudos mostram que a vacina produz 10 vezes mais anticorpos que a infecção natural por HPV (CDC, 2007). Desta forma, o grupo etário prioritário a ser vacinado contra o HPV pelo Ministério da Saúde é composto de meninas de 9 a 13 anos de idade.

A sua utilização é destinada exclusivamente à prevenção e não tem demonstrado efeito nas infecções pré-existentes ou na doença clínica já estabelecida. Até o momento, não há evidência científica de benefício em vacinar mulheres previamente expostas ao HPV (CDC, 2007).

Cabe lembrar que a vacina é uma ferramenta de prevenção primária e não substitui o rastreamento do câncer, pois a vacina não confere proteção contra todos os subtipos oncogênicos de HPV. Da mesma forma, a vacina não confere proteção contra outras doenças sexualmente transmissíveis e, por isso, é de suma importância o uso do preservativo em todas as relações sexuais (AMERICAN ACADEMY OF PEDIATRICS, 2012).

Quanto à vacinação de meninos, dados demonstram que, considerando-se a prevenção do câncer do colo de útero, não é custo-efetiva quando altas coberturas vacinais são atingidas entre meninas. Como confirmaram os estudos australianos, os meninos são protegidos indiretamente com a vacinação do grupo feminino (imunidade de rebanho), havendo drástica redução na transmissão do HPV entre homens após a implantação da vacina HPV no país (READ et al, 2011).

Última atualização: segunda, 3 Nov 2014, 15:40