Abordagens em situações de urgências dermatológicas na Atenção Básica

A celulite é uma infecção (bastante comum) da hipoderme, predominantemente estreptocócica, inclui Staphylococus, H. influenzae (celulite facial pediátrica), pneumococos, pseudomonas e outros, podendo acometer indivíduos de qualquer idade (AZULAY, 2013; RODRIGUES et al., 2010).

A evolução é semelhante à erisipela, entretanto o eritema é menos vivo, e as bordas são pouco definidas (AZULAY, 2013).

A celulite pode ser uma complicação de outras doenças de pele causadas:

• por bactérias (como o impetigo);
• por fungos (como a tinha do pé); ou
• por traumas (úlceras traumáticas ou relacionadas a varizes).

Sinais e sintomas

O diagnóstico é basicamente clínico, e o paciente normalmente apresenta febre, calafrios e queda do estado geral de saúde. A área da pele afetada pode se apresentar avermelhada (eritematosa), edematosa, quente e dolorosa, podendo surgir bolhas com conteúdo purulento, representando um sinal de gravidade da doença (infecção por Staphylococcus aureus).

A celulite é um quadro infeccioso mais profundo e quando ocorre na face é bastante grave. Em pacientes com diabetes mellitus, obesidade ou varizes nas pernas, a erisipela é mais comum. A bactéria causadora, normalmente, penetra por alguma ferida na pele, como micoses dos pés, ferimentos, impetigo (BRASIL, 2002b).

Tratamento nas situações de celulites

O tratamento inclui repouso com elevação de membro, analgesia e antibioticoterapia sistêmica, semelhante ao que se utiliza nos casos de erisipela. Em alguns casos, quando se identificam bactérias de etiologia estafilocócica (exceto MRSA - do inglês Methicillin-resistant Staphylococcus aureus), podem-se usar outros antibióticos como: Oxacilina (100 a 150 mg/kg/dia, endovenosa, 4 em 4 horas ou Cefalotina (100-150 mg/kg/dia, endovenosa, 4 em 4 horas ou 6/6h) (AZULAY, 2013).