Urgências e emergências cardiovasculares na Atenção Básica
Sinais e sintomas
Alguns pacientes com crise hipertensiva não apresentam nenhuma sintomatologia. Eles são diagnosticados durante aferições de pressão arterial casuais, como em campanhas e consultas. Confira, a seguir, a classificação de pressão arterial da VII Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial.
Classificação da pressão arterial de acordo com medição casual ou no ambulatório a partir de 18 anos de idade
Classificação | Pressão sistólica (mmHg) | Pressão diastólica (mmHg) |
Normal | ≤120 | <80 |
Pré-hipertensão | 121-139 | 81-89 |
Hipertensão estágio 1 | 140-159 | 90-99 |
Hipertensão estágio 2 | 160-179 | 110-109 |
Hipertensão estágio 3 | ≥180 | ≥110 |
Hipertensão sistólica isolada (devendo esta ser classificada em estágios 1, 2 e 3) |
≥140 | <90 |
*Quando as pressões sistólica e diastólica de um paciente se situam em categorias diferentes, a maior deve ser utilizada para classificação da pressão arterial. |
Fonte: (MALACHIAS et al., 2016).
Mas, em pacientes sintomáticos, o tipo de emergência hipertensiva pode variar de acordo com o órgão-alvo acometido, conforme apresentado no quadro a seguir:
Origem, apresentações e achados clínicos das diferentes emergências hipertensivas
Origem |
Apresentações das emergências hipertensivas |
Achados clínicos |
Neurológicas |
Encefalopatia hipertensiva |
Letargia, cefaleia intensa, vômitos, alterações visuais súbitas (cegueira transitória, paralisias transitórias, convulsões, sonolência, coma). |
Hipertensão maligna |
Alterações em fundo de olho (exsudatos, hemorragias e/ou papiledema), astenia, mal-estar, oligúria, sintomas vagos cardiovasculares e/ou neurológicos como de acidente vascular encefálico (isquêmico ou hemorrágico) ou súbita alteração neurológica (geralmente motora ou sensitiva) ou alterações no exame neurológico. |
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Acidente vascular encefálico hemorrágico ou isquêmico |
Súbita alteração neurológica, geralmente motora ou sensitiva, alterações visuais (cegueira transitória, paralisias transitórias, convulsões, sonolência, coma). |
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Eclâmpsia |
Gestante após a 20º semana de gestação ou até a 6ª semana após o parto com diagnóstico prévio de pré-eclâmpsia e que desenvolve convulsões. |
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Cardiovasculares |
Edema agudo de pulmão |
Ansiedade, ortopneia, dispneia a esforços, sudorese, má perfusão periférica, baixa saturação de oxigênio, estase jugular, estertores pulmonares, B3 e/ou B4 (bulhas acessórias), dor ou sensação de opressão precordial, acompanhada ou não de náuseas, dispneia e sudorese fria. |
Síndrome coronária aguda (angina e infarto agudo do miocárdio) |
Ausência ou presença de dor (precordial, epigástrica) acompanhada ou não de dispneia de início súbito, sudorese, opressão precordial, B4 presente. As características da dor com ou sem dispneia de início súbito são dados importantes. |
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Coarctação de aorta |
É um estreitamento que ocorre na aorta, e a dor pode ser precordial ou se irradiar para as costas; palidez, sudorese, taquicardia, pulsos assimétricos, sopro diastólico em foco aórtico. |
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Crises adrenérgicas graves |
Crise de feocromocitoma |
Palpitação (taquicardia), sudorese, palidez, mal-estar e cefaleia. |
Ingestão de cocaína e catecolaminérgicos |
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Associadas à gestação |
Eclâmpsia |
Gestante após a 20º semana de gestação ou até a 6ª semana após o parto com diagnóstico prévio de pré-eclâmpsia e que desenvolve convulsões. |
Fonte: (MARTINS; DAMASCENO; AWADA, 2013, adaptado).