Urgências e emergências cardiovasculares na Atenção Básica
Métodos diagnósticos
Durante o exame físico da doença arterial periférica, nenhum sintoma ou sinal isolado é suficiente para diagnosticar ou descartar isquemia crítica. A literatura existente recomenda pesquisar principalmente (SBACV, 2015):
- presença de claudicação intermitente em pacientes sintomáticos, auscultação das artérias femorais em pacientes sintomáticos ou assintomáticos;
- palpação das áreas da extremidade inferior (femoral comum, poplítea, tibial anterior e tibial posterior);
- coloração, temperatura, integridade da pele do pé, como também a presença de ulcerações em pacientes sintomáticos;
- palpação de pulsos nas extremidades superiores;
- medição da pressão arterial em ambos os braços e cálculo da diferença interbraço;
- auscultação e palpação das fossas cervicais e supraclaviculares;
- palpação abdominal e ausculta em diferentes níveis, incluindo os flancos (direito e esquerdo), a região periumbilical e as regiões ilíacas;
- em pacientes sintomáticos, a presença de pele fria ou de pelo menos um sopro e qualquer anormalidade palpável no pulso.
É importante destacar que a isquemia crítica é aquela em que ocorre dor no repouso com ou sem lesões tróficas nos membros inferiores. Com base nisso, para classificar a isquemia crítica, pode-se utilizar os estágios III e IV do Escore de Fontaine ou as categorias 4,5 e 6 do Escore de Rutherford. Confira o quadro a seguir:
Classificação de Fontaine e classificação de Rutherford para doença arterial obstrutiva periférica
Classificação de Fontaine | Classificação de Rutherford | ||
Estágios | Diagnóstico | Categorias | Diagnóstico |
I | Assintomático | 0 | Assintomático |
II |
a) Claudicação intermitente limitante b) Claudicação intermitente incapacitante |
1 2 |
Leve Claudicação moderada |
III | Dor isquêmica em repouso |
3 4 5 |
Claudicação severa Dor em repouso Lesão trófica pequena |
IV | Lesões tróficas | 6 | Necrose extensa |
Fonte: (SBACV, 2015).
Exames laboratoriais podem auxiliar no diagnóstico juntamente com os dados do exame físico. São eles:
Saiba mais |
Para conhecer outros métodos diagnósticos além dos descritos acima, recomendamos a leitura do “Projeto Diretrizes da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV)” sobre doença arterial periférica obstrutiva de membros inferiores (SBACV, 2015). Para ter acesso ao manual, clique aqui. |