Regulação do Acesso Ambulatorial - T3

Uma das principais ações operacionais da CRA é captar e conhecer a lista de acesso/fila de espera de cada procedimento constante no escopo da regulação, bem como realizar o gerenciamento ou gestão da mesma.

É importante higienizar a lista de acesso/fila de espera na implantação da CRA e repetir essa ação periodicamente, principalmente quando demandar um tempo considerável de espera para acessar o procedimento, acumulando grande número de encaminhamentos. É evidente que a insuficiência de oferta gera uma espera acima do aceitável, portanto temos que considerar os usuários que procuraram a rede privada, os que não residem mais no território, os óbitos ou os que não necessitam mais do atendimento por não apresentarem mais os mesmos sintomas.

Entrar em contato com o usuário é primordial para que se faça a exclusão do mesmo quando indicado, ou realizar reavaliação em algumas situações para verificar a situação clínica atual do mesmo.

No que se refere à gestão da lista de acesso/fila de espera, há experiências exitosas que remetem ao gerenciamento por prioridade, utilizando protocolos para essa ação, ou seja, não é apenas a ordem cronológica que é considerada no agendamento pela lista, mas também a indicação de prioridade de cada solicitação, sendo analisado o quadro clínico, resultados de exames, história clínica e, inclusive, a vulnerabilidade social.

Cabe ressaltar que a situação clínica do usuário pode sofrer alterações durante o período de permanência na lista, sendo necessário que as unidades solicitantes atualizem as informações, o que resultará em uma nova classificação ou alteração no critério de priorização do caso.

Podemos considerar as listas de acesso/filas de espera indicadores da regulação, pois irão traduzir a eficiência da gestão em garantir o acesso ao usuário, considerando o tempo para execução do procedimento. Além do mais, serão um importante instrumento para a programação, planejamento e contratação.