As unidades especializadas

Do ponto de vista de rede assistencial, os serviços especializados, de atenção secundária e terciária, constituem-se em níveis de referência para a AB, dentro da lógica de hierarquização e regionalização com que se conformou o SUS.

Este nível de atenção requer uma estrutura mais robusta para efetivar a regulação, pois não se restringe às referências geográficas, como a atenção primária, já que as diversas US têm capacidade resolutiva e perfis distintos.

É nesse nível que se iniciam os processos de referência entre municípios, fazendo com que todos os estudos de necessidade e fluxos da assistência lidem com a variabilidade do processo assistencial regional, que gera demandas sobre as quais a regulação nem sempre consegue atuar, por serem originadas fora da área de atuação da gestão do complexo regulador.

A atenção ambulatorial especializada tem uma lógica de trabalho voltada para o dimensionamento e controle de cotas das consultas e procedimentos que devem ser distribuídas entre as US solicitantes. Essa distribuição deve atender às demandas eletivas, evitando a centralização da origem da demanda em um conjunto restrito de unidades, bem como deve ter na ação reguladora a busca da garantia de acesso imediato às urgências. Contudo, esta ação deve estar calcada em protocolos para evitar distorções que privilegiem uns em detrimento de outros que podem estar aguardando em listas de acesso. Além disso, é necessário criar oportunidades para a singularidade de cada caso e de cada cena em particular, estabelecendo ágeis canais de comunicação com as equipes da atenção básica, considerando que todos fazem gestão e regulam em seus espaços de atuação cotidiana.

 Pausa para o debate

Reflita e compartilhe no fórum sobre a importância da Atenção Ambulatorial Especializada para a organização da regulação do acesso. Clique aqui para acessar.

A Atenção Ambulatorial Especializada lida com um grande volume de pacientes de várias US, e, em muitos casos, é gerada, nesse nível de assistência, grande demanda reprimida que se reflete nas listas de acesso.

Há que se organizar uma Regulação do acesso na Atenção Ambulatorial Especializada, que atue junto ao Complexo Regulador e junto à AB.

 

Os maiores desafios para a regulação do acesso na “Atenção Ambulatorial Especializada" são:

Gestão das agendas médicas e dos equipamentos

Gestão dos fluxos internos de

solicitações de

exames e interconsultas

Gestão dos fluxos referenciados,

construção de

grades de referência e contra referência

Estruturação da comunicação

com os pacientes

Aproximação com a atenção

básica e com a CRA

Ao falarmos em gestão das agendas médicas e de exames, referimo-nos à regulação do acesso que auxilie na apropriação das mesmas de forma institucionalizada, tornando-as transparentes, e que compartilhe as decisões das suas particularidades com a AB e CRA.

Última atualização: quarta, 21 Nov 2018, 14:18